Um ataque com o uso de armas químicas na Síria em 2013, no subúrbio de Ghouta em Damasco, foi organizado pelo serviço de inteligência francês, escreve a mídia se referindo ao representante permanente da Síria na ONU Bashar Jaafari.
Jaafari pensa que o uso de armas químicas fazia parte do plano para desviar os inspetores da ONU de outro incidente cometido pelos militantes rebeldes.
“O uso de armas químicas nos arredores do Damasco devia impedir Ake Sellstrom de visitar Aleppo, porque [a França] sabe quem usou armas químicas em Aleppo”, a edição cita Jaafari. O cientista sueco Ake Sellstrom tinha liderado o grupo de inspetores da ONU para a questão de armas químicas.
O general francês Dominique Trinquand, especialista na área de resolução de crises em operações pacificadoras, julga que esta declaração é absurda.
“<…> O governo da Síria é o primeiro responsável pelo uso de armas, porque o governo não conseguiu mantê-las. Segundo, a responsabilidade é dos grupos que usaram mesmo as armas, e da oposição, se foram eles.”
“Por suposição, as armas químicas que o governo da Síria tinha foram completamente tomadas sob controle e eliminadas. Más é possível que uma parte das armas tenha sido tomada pela oposição. <…> Parece que uma parte das armas químicas realmente não foi eliminada e agora está sendo usada de vez em quando.”
O ataque químico de Ghouta ocorreu em 21 de agosto de 2013 durante a Guerra Civil Síria, quando diversas áreas controladas pela oposição nos subúrbios de Ghouta, em torno de Damasco, foram atacadas por foguetes contendo um agente químico. O número de vítimas atinge, segundo várias estimativas, as 1.729 pessoas.