Museu Robert Mouwad
O Museu Privado Robert Mouawad, localizado na zona central de Beirute, constitui a perfeita combinação das culturas artísticas orientais e ocidentais. O palácio árabe, construído por Henri Pharaon em 1892, foi adornado com painéis de madeira originais dos séculos XIV e XIX.
Robert Mouawad adquiriu a residência histórica para sediar sua preciosa coleção de artes plásticas e peças antigas. Considerando toda a sua importância cultural e arquitetônica, Mouawad projetou uma nova visão técnica e moderna na tecnologia de reabilitação e restauração do palácio, sem alterar sua dimensão moral e intelectual, e conservando todo o seu charme original.
Henri Pharaon, um representante da alma libanesa, cujo palácio foi associado à arte árabe e libanesa, preservou as memórias fenícias, gregas, romanas e bizantinas, projetando o que eles possuíam de mais retumbante, e registrando todo o humanismo dessas civilizações, em sua arte e pensamentos, sem as quais, o Líbano não poderia ter sido concebido.
O palácio de estilo neo gótico, do final do século XIX, foi construído na colina oeste da antiga Beirute, onde diversas peças de cerâmicas antigas foram encontradas, criando assim, um museu dos painéis árabes, através de uma decoração de cinco séculos de arte. As placas de madeira, esculpidas e pintadas entre os séculos XVI e XIX, reviveram o encanto de um palácio oriental, raríssimo.
Ao adentrar no Museu, a sensação que o visitante tem é indescritível, diante dos elementos que estão harmoniosamente dispostos, que seduzem pela suntuosa opulência do oriente médio, dentro de um espaço residencial particular. O lugar revela uma magia que aguça todos os sentidos e inteligência, que levam o visitante a uma inteligente e prazerosa pesquisa de descobertas, e que é preserva o passado com total autenticidade, através da iluminação que reflete o presente e o futuro.
Um lugar que definitivamente emana história e cultura, através das diversas obras de arte, e dos diversos tesouros escondidos remanescentes do pós-guerra, que foram carinhosamente preservados por Robert Mouawad, que generosamente manteve o sentido patriótico e sua a paixão pela beleza.
Entre as preciosidades do museu, pode ser encontrada a coleção de livros e manuscritos antigos do embaixador Camille Aboussouan, que hoje divide a mesma sala onde Henri Pharaon mantinha sua biblioteca, e também o segundo maior diamante do mundo, entre diversas outras joias preciosas.
A preservação, e manutenção do palácio de Henri Pharaon, são feitas inteiramente por Robert Mouawad, que dedica todo o seu tempo, energia e dinheiro para manter vivo esse magnífico empreendimento, sem qualquer ajuda pública, ou de outra instituição, que optou em ser o guardião desse palácio, tornando-a, não apenas a sua residência, mas seu santuário particular.
A restauração interna, e externa do palácio, durou sete anos, e foi realizada pelos maiores e melhores especialistas internacionais, sob a própria supervisão de Mouawad. Ao término da restauração do palácio, Mouawad com muito orgulho e alegria anunciou ao público libanês e estrangeiro, a existência de sua joia particular, entre tantas outras joias antigas encontradas dentro do museu, situada bem no coração central da capital.
Robert Mouawad poderia manter esse pequeno paraíso para si e desfruta-lo apenas com seus amigos e familiares, no entanto ele decidiu transformar o palácio em um museu privado, aberto ao público, para reconciliar a sociedade libanesa com a glória de seu passado, o que deveria ser feito por outras pessoas, para a preservação do patrimônio histórico e cultural do país, e estabelecer assim um intercambio cultural para as gerações futuras.
Todas as culturas que precisavam ser ouvidas, expressadas, e reconhecidas necessitavam de um lugar para coabitarem juntas. Nada mais apropriado do que o palácio de Henri Pharaon, que situado no coração de Beirute, desafiou a rixa que dividiu a capital.
Pharaon, que viveu nesta casa há quase um século, era notório por ser espírito de largura e mantinha excelentes relações com todos os elementos da sociedade libanesa, que eram seus anfitriões habituais. E Mouawad, o grande homem de negócios que adquiriu o palácio, é um amante da beleza, da harmonia, e possuidor de uma sensibilidade indescritível, que apesar do orgulho em ser libanês, se considera um cidadão do mundo.
O Museu não apenas abre suas portas ao público para compartilhar suas riquezas históricas e culturais, como também abriga shows de música erudita, exposições, organizações de colóquio, recepções profissionais de negócios, banquetes, e eventos culturais, sociais e artísticos.
O Cenário é rico, sem ser espalhafatoso, é colorido sem ser altivo, e sereno, sem ser ostensivo. O Museu Privado Robert Mouawad constitui um legado cultural e referência cultural do oriente médio. Visitando o palácio, o visitante pode imediatamente ser levado de volta a uma época romântica, de pompa oriental e luxo, uma era que possuía uma beleza sutil, perfeita, harmonia, e de muito bom gosto.
Preços:
Regular: 4500 LL
Estudantes: 1.500 LL
Estrangeiros: 9000 LL
Horário de funcionamento: Das 09h00min às 17h00min.
Museu Nacional de Beirute
Fundado em 1919, com alguns artefatos antigos, recolhidos pelo oficial francês Raymond Weill, o Museu Nacional de Beirute funcionou inicialmente, e temporariamente, numa sala de exposições em um dos quartos do edifício das diaconisas alemãs, na Rua Georges Picot em Beirute.
Em 1923, foi criada uma comissão fundadora, responsável por angariar fundos para a construção de um museu oficial, num terreno na estrada de Damasco, próximo ao hipódromo, sob a direção do Primeiro-Ministro e Ministro da Educação e Belas Artes da República do Líbano, Bechara El Khoury. A construção do museu, iniciada em 1930, foi concluída em 1937, mas o museu só foi inaugurado, de fato, em Maio de 1942, pelo Ex-Presidente Alfred Naccache, com curadoria de Emir Maurice Chehab.
Diversos e belíssimos objetos, do período da Pré-história até o século XIX, faziam parte da grande coleção do Museu Nacional, que durante 30 anos, havia aumentado o seu acervo, acrescentando artefatos encontrados em escavações mais recentes, tornando-o um dos museus mais significativos do Oriente, em virtude de sua rica coleção, que contava com joias, mosaicos, moedas, armas, cerâmicas, sarcófagos, entre outros.
O Museu Nacional de Beirute é parte da Direção Geral de Antiguidades do país, o que contribuiu imensamente, para que sua coleção estivesse, constantemente, recebendo novos objetos, em virtude do trabalho de escavações da instituição no país. Porém, em 1975, quando a guerra civil do Líbano eclodiu, o Museu Nacional foi fechado, em virtude da situação perigosa nas suas imediações, que foi se deteriorando, fazendo com que a Direção Geral de Antiguidades também fechasse suas portas.
Ambos os edifícios, estavam localizados na área que dividia a cidade em dois lados, e a rua do Museu Nacional, era a única passagem, entre ambas as partes de Beirute, permanecendo dessa forma, como testemunha e vítima da guerra violenta, durante 17 anos. O museu acabou se transformando em um quartel por guerrilheiros armados, e, durante tréguas do intenso fogo cruzado entre as partes, medidas iam sendo tomadas para proteger as coleções dos bombardeios e explosões.
Os objetos mais vulneráveis foram retirados das vitrines e escondidos em depósitos no subsolo, que foi emparedado, para impedir o acesso aos andares inferiores. No térreo, os mosaicos que foram montados no chão, foram cobertos por uma camada de concreto, e os objetos grandes e pesados, como estátuas e sarcófagos, foram protegidos por sacos de areia. Em 1982, no auge e pior parte da guerra, os sacos foram substituídos por redomas de concreto em torno das estruturas de madeira que foram colocadas ao redor dos monumentos.
No término da guerra, em 1991, o estado era de destruição total no Museu Nacional, e no prédio da Direção Geral de Antiguidades, o museu parecia uma ferida aberta, inundado com água da chuva que vinha do telhado e das janelas quebradas, a fachada exterior estava totalmente esburacada pelos tiros e bombas que a atingiram, e as paredes internas lotadas de pichações deixadas pelas milícias que invadiram o museu e o fizeram seu quartel militar.
O estado do acervo, mantido em depósitos por mais de 15 anos, e em condições inadequadas, era totalmente crítico. Os grandes objetos de pedra, que ficaram armazenados sem qualquer ventilação, sofreram ação de umidade e corrosão por água salgada, devido ao nível da água no interior dos armazéns ter subido e atingido a borda inferior dos monumentos.
Vários documentos, como mapas, fotografias, registros e 45 caixas com objetos arqueológicos foram queimados com o fogo das artilharias, que devastou o corredor adjacente à Direção Geral de Antiguidades, e não restou absolutamente nada dos equipamentos do laboratório. Tudo foi destruído e se perdeu.
Em 1995, com os esforços do Ministério da Cultura, da Fundação Nacional do Patrimônio e da Direção Geral de Antiguidades, foi dado início ao trabalho de restauração do Museu Nacional. Desde a sua estrutura, até o inventário, gravação e restauração dos objetos. Em 1997, Elias Hraoui, Presidente do Líbano, reinaugurou parte do Museu Nacional, na presença de centenas de visitantes, que puderam rever apenas o piso térreo e parte do porão, enquanto todo o restante ainda encontrava-se em processo de restauração.
A reabertura parcial do museu visava recriar um contato entre o país e seu passado, e também mostrar ao público, os enormes esforços que estavam sendo feitos, para resgatar sua posição e prestígio de museu internacional. Porém, no ano seguinte o museu fechou novamente suas portas, em virtude da falta de condições apropriadas para a exibição dos objetos, além dele não atender ainda, as necessidades e normas-padrão da museologia moderna, visto que sua construção ainda estava nos moldes dos anos 30.
Em 1999, enfim, o Museu Nacional de Beirute teve sua reinauguração oficial e majestosa, com o patrocínio do Presidente Emile Lahoud, que teve a honra de reabrir o museu com seus pisos térreo e superiores, totalmente transformados, e contando com mais de 1300 artefatos arqueológicos, que se encontram exibidos até hoje, desde o período Pré-histórico até o período Otomano.
O papel do Laboratório de Conservação da Direção Geral de Antiguidades, localizado no porão do edifício administrativo do Museu Nacional, tem como objetivo preservar e conservar os restos do patrimônio arqueológico do país, e assim, garantir que ele seja mantido em segurança para as gerações futuras.
Isso, através de procedimentos técnicos e métodos de trabalho adaptados para cada projeto, e de acordo com suas necessidades individuais, dentro de um orçamento adequado, guiado por práticas éticas rigorosas, que estejam em conformidade, com as recomendações dos padrões internacionais.
O Museu Nacional possui três pisos: o porão, o piso térreo e uma galeria superior, que podem ser acessados por escadas, ou elevadores, até o andar superior. À direita da entrada, há uma sala audiovisual que apresenta um documentário sobre a restauração e o renascimento do museu; e à esquerda, uma loja de souvenires.
Preços:
Regular: 5000 LL (cinco mil libras libanesas)
Estudantes: 1000 LL (mil libras libanesas)
Horário de funcionamento: De terça a domingo, das 09h00min às 17h00min.