Edward Snowden revela que documentos da NSA foram hackeados

O site The Intercept divulgou informações de Edward Snowden, ex agente da NSA (Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos), de que documentos e códigos secretos da Agência foram hackeados. O site The Intercept tem à sua frente o jornalista Glenn Greenwald, a quem Snowden revelou os segredos da NSA.

Os segredos (entre os quais a vigilância sobre o Brasil, sobre a Presidente Dilma Rousseff e sobre a Petrobras) foram publicados numa série de matérias para o jornal inglês The Guardian em que Greenwald trabalhava.  Snowden vive na Rússia desde 23 de junho de 2013 onde chegou procedente de Hong Kong Era de Hong Kong que Snowden se comunicava virtualmente com Greenwald.

Recentemente, houve um debate sobre a autenticidade de um código publicado online por um misterioso grupo denominado Shadow Hackers (Piratas nas Sombras). A NSA não fez comentários sobre o assunto.

Os “Shadow Hackers” publicaram duas séries de arquivos. Uma pode ser acessada livremente e outra segue encriptada. Os hackers dizem que divulgarão essa informação adicional para arrecadar um milhão de bitcoins — moeda digital, que neste caso seria trocada pelo valor de US$ 575 milhões — por meio de um leilão online.

Segundo o The Intercept, a origem da ação dos hackers está na própria NSA. Diz o site:

“A prova que vincula os documentos dos Shadow Brokers à NSA vem na forma de um manual da agência sobre como implantar malware (vírus), classificado como top secret (ultraconfidencial) e não publicado até o momento. A versão provisória do manual instrui operadores da agência a monitorar o uso de um programa de malware usando uma sequência de 16 caracteres específica: “ace02468bdf13579”. A mesma sequência aparece por todo o material vazado pelos ShadowBrokers, em linhas de código associadas ao mesmo programa, SECONDDATE.

O SECONDDATE tem uma função especializada em complexo sistema global criado pelo governo dos Estados Unidos para infectar e monitorar aquilo que um dos documentos estima serem milhões de computadores por todo o mundo.”