Os EUA investigam um vídeo que vem circulando na web em que supostos rebeldes sírios aparecem decapitando um garoto. De acordo com informações do jornal “The Independent”, os homens do vídeo seriam combatentes do grupo rebelde sírio Nour al-Din al-Zinki, que, inclusive, já recebeu no passado ajuda financeira do governo americano.
O vídeo teria sido gravado na cidade de Alepo, importante base de resistência ao regime de Bashar al-Assad. O menino seria um combatente de uma facção pró-governo que seria atuante na região.
Um primeiro vídeo mostra um grupo de seis rebeldes celebrando a captura da criança, dando tapas em seu rosto e mostrando o polegar em sinal de positivo para a câmera. No segundo registro, um dos combatentes surge decapitando o refém.
O porta-voz do departamento de Estado americano Mark Toner informou que o governo está em busca de mais informações sobre o que classificou como “relatório terrível”. “Sendo confirmado tudo que foi previamente relatado, isso nos dá munição para interromper quaisquer planos de ajuda a este grupo”, declarou Toner à imprensa.
Já o grupo rebelde Nour al-Din al-Zenki divulgou a informação de que investigaria o vídeo e, caso seja confirmado o corrido, se antecipou dizendo que se trata de um “erro individual”.
Em um comunicado à ONU, o governo sírio denunciou o vídeo como um “crime repulsivo” contra uma criança inocente, dizendo que o menino era um palestino do campo de refugiados palestinos de Handarat, local próximo a Alepo.
O grupo Nour al-Din al-Zenki recebeu anteriormente ajuda financeira dos EUA graças a um programa da CIA que destinava recursos para apoiar grupos rebeldes moderados na Síria.
De acordo com um relatório da Anistia Internacional, o grupo se envolveu no rapto e tortura de jornalistas e trabalhadores em Aleppo durante os anos de 2014 e 2015, Mais de 250 mil pessoas já morreram na guerra civil síria desde que esta teve início, em 2011.