O Exército do Líbano disse nesta quinta-feira que frustrou planos de ataques do grupo militante Estado Islâmico contra um ponto turístico e uma área movimentada, dias depois de homens-bomba matarem cinco pessoas em um vilarejo cristão.
Cinco pessoas envolvidas nos dois ataques frustrados, incluindo seu mentor, foram presas nesta quinta-feira, informou um comunicado do Exército citado pela Agência Nacional de Notícias.
“Aqueles que foram presos confessaram ter realizado atos terroristas contra o Exército anteriormente. As investigações continuam”, disseram os militares, sem dar maiores detalhes.
Os serviços de segurança do Líbano estão em estado de alerta há semanas. O Estado Islâmico exortou seus seguidores a lançar ataques contra “infiéis” durante o mês muçulmano sagrado do Ramadã, que transcorre desde o início de junho.
Nesta semana, o governo alertou sobre uma grande ameaça terrorista depois que oito homens-bomba atacaram um vilarejo cristão na fronteira com a Síria na segunda-feira, causando a morte de cinco pessoas.
O primeiro-ministro libanês, Tammam Salam, disse temer “uma nova onda de operações terroristas”.
O Líbano vem sendo vitimado por ataques frequentes ligados à guerra na vizinha Síria, onde o poderoso grupo xiita libanês Hezbollah luta em apoio ao presidente sírio, Bashar al-Assad.
Um ataque a bomba em uma área de maioria xiita de Beirute, assumido pelo Estado Islâmico, matou mais de 40 pessoas em novembro.
O Exército disse ter prendido mais de 400 sírios em uma série de operações nos últimos dias, suspeitando a entrada ilegal no Líbano ou uma movimentação ilegal dentro do país.
Na terça-feira o ministro do Interior, Nohad Machnouk, disse que a maioria dos agressores de segunda-feira provinha da Síria.