SÍRIOS FOGEM DE ALEPPO POR CORREDORES HUMANITÁRIOS

Centenas de famílias estão tentando fugir da cidade devido aos bombardeios aéreos que se intensificaram na região nos últimos dias e ao cerco das forças do regime de Bashar al-Assad; um corredor humanitário criado pela Rússia, que bombardeia rebeldes e alvos do grupo extremista Estado Islâmico; civis estão pegando ônibus que os levarão até centros de acolhimento provisórios, de acordo com a agência de notícias estatal síria Sana; cerca de 300 mil pessoas estão na região

Centenas de famílias estão tentando fugir da cidade de Aleppo, na Síria, devido aos bombardeios aéreos que se intensificaram na região nos últimos dias e ao cerco das forças do regime de Bashar al-Assad.

A população tenciona deixar o município através de um corredor humanitário criado pela Rússia, que bombardeia rebeldes e alvos do grupo extremista Estado Islâmico (EI) na Síria, com o apoio do regime do ditador Assad.

Os civis estão pegando ônibus que os levarão até centros de acolhimento provisório, de acordo com a agência de notícias estatal síria Sana. Cerca de 300 mil pessoas estão na região. Devido à situação em Aleppo, a Organização das Nações Unidas (ONU) sugeriu que a Rússia cedesse o controle dos corredores humanitários para seus agentes, que são treinados para isso.

Os corredores humanitários foram abertos há poucos dias e os Estados Unidos, algumas Organizações Não Governamentais (ONGs) e até a ONU viam a medida com cautela, pois poderia permitir a evacuação dos civis para encurralar os grupos rebeldes na região. A evacuação de civis e o incentivo a alguns rebeldes a deporem as armas acelerariam a retomada do poder de Aleppo por parte das fortes sírias, que cercaram a cidade.

Ontem, um hospital pediátrico de Idlib, perto de Aleppo, controlado pela ONG Save The Children, foi atingido por uma bomba e destruído. A maternidade era a única em um raio de 70 quilômetros e atendia cerca de 1,3 mil mulheres por mês.

A Síria sofre com uma guerra civil desde 2011, quando opositores ao regime de Assad iniciaram uma rebelião armada para tirar o ditador do poder, inspirados pela Primavera Árabe. Sem sucesso, o conflito continua até hoje e o grupo extremista Estado Islâmico domina grandes porções de terra do norte do país.