As autoridades sírias viram muitas vezes recusados, durante os cinco anos de guerra, os seus pedidos a vários países sobre a concessão de informação relativa a seus cidadãos que aderiram a grupos terroristas na Síria.
Os países cujos cidadãos chegaram à Síria para se juntar a grupos terroristas e foram mortos pelo exército sírio recusam-se a cooperar com Damasco no procedimento de identificação de corpos e seu envio ao país de origem.
O presidente do Comitê Superior de Medicina Forense da Síria, Hussein Nofal informou, em declarações àSputnik Árabe, que até os países vizinhos da Síria após identificação de corpos de militantes mortos se recusaram a receber os cadáveres dos seus cidadãos. O número de tais corpos só em 2016 é avaliado em dezenas de milhares.
“Nós conseguimos identificar alguns milhares de terroristas mortos que eram cidadãos da França, Turquia, Iraque, Arábia Saudita, Jordânia, Líbano e outros Estados árabes. Além destes números, não conseguimos identificar cerca de 30 mil terroristas”, disse Nofal.
Além desta questão, a Medicina Forense da Síria enfrenta o problema de identificação de seus próprios cidadãos civis que foram torturados e executados por jihadistas.
“Quando encontramos valas comuns de civis mortos em povoados liberados, na maioria dos casos só podemos identificar a causa da morte porque passou demasiado tempo desde a morte das pessoas e os seus corpos não podem ser identificados. Em muitos casos, nós revelamos que os civis mortos foram torturados, agredidos, esfaqueados, sofreram injeções de combustíveis e óleo no sangue. Alguns cadáveres femininos foram encontrados com objetos estranhos dentro do corpo”, acrescentou.
Segundo as palavras de Hussein Nofal, a Medicina Forense síria estabeleceu que durante a guerra a porcentagem de violência contra crianças atingiu 60 por cento de número total de casos de violência no país. As crianças, assim como as mulheres, são cada vez mais frequentemente submetidos à violência sexual e física.