Clérigo Maulama Akonjee e seu ajudante foram mortos no sábado.
Assassinatos poderiam ter relação com rixa entre muçulmanos e hispânicos.
A polícia de Nova York prendeu na noite de domingo (14) um homem suspeito de ter assassinado um imã e seu assistente no último sábado perto de uma mesquita no condado do Queens, informou nesta segunda-feira (15) a imprensa local.
O suspeito está sendo interrogado em uma delegacia da cidade, mas ainda não foram apresentadas acusações formais contra ele e sua identidade não foi revelada pelas autoridades, segundo o jornal “Daily News”.
O crime aconteceu no sábado, quando um homem se aproximou do clérigo Maulama Akonjee, de 55 anos, e de seu ajudante, Thara Uddin, de 64, e atirou neles à queima roupa em plena luz do dia, perto da mesquita Al Furqan Jame Masjid, no bairro de Ozone Park.
Após o crime, de acordo com novas imagens captadas pelas câmaras de segurança, o suspeito fugiu em um veículo e, durante o trajeto, se chocou contra um ciclista, que anotou o número da placa antes de denunciar o incidente à polícia.
Com os dados do veículo, agentes da Unidade de Fugitivos da polícia de Nova York rastrearam o proprietário até localizá-lo em uma área no condado do Brooklyn, segundo o tabloide “New York Post”.
Ainda são desconhecidos os motivos que levaram ao assassinato do imã, mas o caso gerou revolta na comunidade muçulmana. As autoridades suspeitam que o crime possa ter alguma relação com o crescente enfrentamento entre muçulmanos e latinos no bairro de Ozone Park.
Segundo fontes da investigação citadas pelo “Daily News”, o assassinato poderia ser uma resposta a um incidente que teria ocorrido algumas semanas antes, quando um grupo de muçulmanos teria atacado outros hispânicos no bairro.
Akonjee, casado e pai de três filhos, era um respeitado líder religioso original de Bangladesh que chegou a Nova York há dois anos e que, segundo pessoas próximas dele, tinha ganhado o respeito da comunidade e não tinha problemas com ninguém.
“Meu pai só queria paz. Espero que o responsável se apresente voluntariamente à Justiça. Isso é a única coisa que nós queremos, que a justiça seja feita e que saibamos os motivos que o levaram a matar meu pai”, disse ao “New York Post” um filho do imã, Niam Akonjee.
O prefeito da cidade, Bill de Blasio, ofereceu no domingo suas condolências às famílias das vítimas, assim como sua solidariedade com a comunidade muçulmana porque, segundo ele, essas pessoas são “alvos constantes do fanatismo”.
“Continua sendo crítico que trabalhemos para acabar com as barreiras que ameaçam minar a grandeza de nossa cidade e de nossa nação. Enquanto isso, nosso departamento de polícia levará o assassino à Justiça”, acrescentou De Blasio.