Barreira terá sensores para detectar atividades de escavação de túneis.
Espera-se que a construção comece em outubro.
03/08/2016 11h54 – Atualizado em 03/08/2016 11h54
Israel abre licitação para construir muro subterrâneo em torno de Gaza
Barreira terá sensores para detectar atividades de escavação de túneis.
Espera-se que a construção comece em outubro.
O Ministério da Defesa de Israel abriu licitação para a construção de um muro subterrâneo que cercará a Faixa de Gaza para prevenir a infiltração em seu território de palestinos através de túneis. A informação foi divulgada pela mídia israelense.
Até o momento, 20 empresas foram convidadas a participar da licitação para cobrir dez dos 60 quilômetros de fronteira com o enclave litorâneo.
A barreira terá sensores para detectar atividades de escavação e cercará totalmente a Faixa palestina, de acordo com o site do jornal “Yedioth Ahronoth”. A região está sob forte bloqueio desde 2007, quando o Hamas, organização considerada terrorista por Israel, chegou ao poder em 2007.
O objetivo do governo é envolver quatro empresas israelenses com o apoio de firmas estrangeiras com experiência na construção de barreiras subterrâneas. Calcula-se que o projeto custará aproximadamente US$ 527 milhões (R$ 1,7 bilhão). Espera-se que a construção comece em outubro.
Um oficial de segurança afirmou recentemente para uma emissora de notícias israelense que o Hamas escava dez quilômetros de túneis em direção ao território israelense a cada mês.
Essa atividade é considerada pelas autoridades de Israel uma de suas principais ameaças vindas de Gaza, assim como os foguetes lançados pelas milícias, que são apenas ocasionais desde o acordo de trégua de agosto de 2014.
O problema dos túneis foi objeto de debate recentemente, depois que diferentes partidos acusaram o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de não ter dado informações suficientes sobre a ameaça que estes supunham antes e depois da ofensiva israelense contra a Faixa em julho e agosto de 2014. Nessa ocasião, as milícias utilizaram as passagens subterrâneas para atacar tropas e civis israelenses.
O escritório de Informação do Ministério da Defesa israelense foi procurado pela a agência Efe, mas não se manifestou.