Comando do exército sírio confirma abate de avião israelense nas Colinas de Golã

Surgem primeiros dados oficiais sobre o abate de avião e drone israelenses.

A Força de Defesa Antiaérea acaba de emitir um comunicado afirmando oficialmente que o lado sírio abateu um avião e um drone de Israel. Segundo o documento, o abate teve lugar na província de Quneitra, no espaço aéreo sírio. “Em 13 de setembro, aviões da Força Aérea israelense atacaram as posições do exército sírio na província de Quneitra. A nossa Defesa Antiaérea abriu fogo e abateu um avião militar e um drone a ocidente da povoação de Sa’sa'”, diz-se no comunicado.

A agência de notícias síria SANA informou nesta terça-feira (13) que o ataque de Israel contra a Síria teve lugar às 01h00 de terça-feira (19h00 de Brasília): a Força Aérea de Israel (IAF) atacou posições da artilharia síria nas Colinas de Golã. A mídia síria informa também que o abate foi uma resposta contra as ações israelenses.

O chefe do departamento de informação do comando geral do exército sírio, Samir Suleiman, comunicou, em declarações à Sputnik Árabe, que aviões israelenses atacaram posições do exército sírio perto da cidade de Quneitra. “A Força de Defesa Antiaérea da Síria reagiu e abateu um caça F-16 a sudoeste de Quneitra e um drone israelense sobre Sa’sa’ [região de Damasco]”, disse. O general do exército sírio destacou também que a aviação israelense realizou o ataque contra posições sírias no âmbito do apoio que Tel Aviv presta aos grupos armados terroristas, após estes terem recentemente sofrido derrotas no sudoeste do país. “O inimigo sionista presta apoio logístico e moral a grupos terroristas, abrindo hospitais e centros médicos israelenses para os seus feridos após o exército sírio realizar operações contra os militantes em Quneitra. Os terroristas recebem permanentemente proteção por parte das Forças Armadas israelenses, em forma de fogo de artilharia e ataques do ar contra posições do nosso exército”, notou Suleiman. Israel tomou o controle sobre uma área de 1.200 quilômetros quadrados nas Colinas de Golã da Síria na Guerra dos Seis Dias de 1967, e posteriormente anexou a região apesar das condenações por parte da comunidade internacional.