Departamento de Estado anunciou decisão nesta quinta-feira.
Na terça-feira o FBI tinha decidido arquivar o caso.
O Departamento de Estado dos EUA anunciou nesta quinta-feira (7) que reabrirá a investigação interna sobre o uso indevido de e-mails envolvendo a ex-secretária de Estado e atual candidata democrata à Casa Branca, Hillary Clinton.
“Tentaremos fazer o mais rápido possível, mas não vamos estabelecer prazos artificiais”, disse o porta-voz John Kirby, acrescentando que a investigação interna é possível mesmo após o encerramento do inquérito do departamento de Justiça, que decidiu arquivar o caso.
Na terça-feira (5), o diretor do FBI, James Comey, havia anunciado que não recomenda apresentar acusações contra Hillary, embora tenha afirmado que ela foi “extremamente descuidada” no uso de seus e-mails pessoais em correspondências oficiais durante o período em que foi secretária de Estado.
O caso
Os questionamentos sobre o uso que Hillary fez de uma conta privada e de um servidor doméstico durante o tempo em que ocupou o posto mais alto da diplomacia americana despertaram preocupações no eleitorado de que ela não seria digna de confiança.
Hillary, que pretende se tornar a primeira comandante-em-chefe do país, desculpou-se por ter usado exclusivamente uma conta pessoal de e-mail e seu próprio servidor durante o tempo em que foi secretária de Estado, entre 2009 e 2013.
Seus adversários argumentam que sua atitude violou regras sobre a proteção de documentos sigilosos de eventuais ciberataques e pode equivaler a um crime.
O uso de e-mails pessoais em correspondências oficiais veio à tona em 2015, durante investigações conduzidas pelo Congresso, controlado pelo Partido Republicano, sobre a forma como Hillary lidou com um ataque de militantes à missão americana em Benghazi, na Líbia.FBI não recomenda acusar Hillary Clinton por uso de e-mails privados