EUA enviarão mais militares para ajudar ofensiva do Iraque em Mossul

Secretário de Defesa dos EUA, Ashton Carter, visitará Bagdá.
Governo iraquiano tomou base aérea em Qayara.

O secretário de Defesa dos Estados Unidos anunciou nesta segunda-feira (11) que 560 militares adicionais serão enviados ao Iraque, segundo a France Presse. A visita de Ashton Carter a Bagdáocorre dois dias após a retomada pelas forças iraquianas de a base aérea de Qayara, cerca de 60 km ao sul de Mossul. O ataque contou com o apoio das tropas da coalizão liderada pelos americanos.

Carter se reuniu com o primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, e o ministro da defesa, Khaled al-Obeidi, nessa que é a 4ª visita ao país desde que assumiu o cargo, em fevereiro de 2015.

O principal objetivo da visita é discutir as próximas etapas da campanha militar, incluindo a retomada de Mossul, o maior bastião dos militantes no país. A recaptura da cidade, situada em meio a grandes rotas de suprimento que seguem mais para o norte rumo às fronteiras da Síria e daTurquia, seria um grande avanço para o governo do Iraque e para os planos dos EUA para enfraquecer o Estado Islâmico, que vem realizando e inspirando ataques no Ocidente.

A vitória da conquista da base aérea foi vista como um passo crucial na batalha pela reconquista da segunda cidade do país que caiu nas mãos do EI em junho de 2014.

Assessores militares e outros funcionários também serão enviados à base aérea para ajudar militares locais a organizarem uma ofensiva contra Mossul. O objetivo final da ofensiva, disse ele, é “a retomada pelas forças de segurança iraquianas de todo o Iraque, mas Mossul constitui, naturalmente, uma grande parte”, segundo a France Presse.

Na Síria, centenas de soldados americanos foram enviados para apoiar os rebeldes e curdos, enquanto que a coalizão internacional bombardeia diariamente alvos do EI em ambos os países.

Sucesso das primeiras ’10 etapas’
A guerra anti-EI permitiu recuperar, de acordo com o Pentágono, 45% do território que os extremistas controlavam no Iraque desde 2014 e 20% das áreas ocupadas pelo grupo na Síria.
O Pentágono também comemora o sucesso das “10 primeiras etapas” da campanha contra o Estado Islâmico, que incluíram a recuperação de várias grandes cidades, incluindo Ramadi, no Iraque, e Al-Chaddadi, cidade no nordeste da Síria que era um reduto dos jihadistas.

Carter e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, tinham sido criticados pelo lento início dessa campanha lançada em 2014, especialmente na Síria, um país devastado pela guerra, onde Washington tinha pouca capacidade no solo para obter informações sobre alvos.

O Pentágono, em seguida, anunciou uma série de medidas para acelerar a luta, centrando-se na formação das forças conta o grupo terrorista no norte da Síria e no aumento do número de conselheiros para as forças iraquianas.

Os Estados Unidos prometeram US$ 415 milhões para ajudar as forças curdas, que desempenham um papel fundamental na luta anti-EI e na batalha de Mossul.